quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Incêndios florestais podem ser evitados com energia das árvores

Pesquisadores do MIT estão desenvolvendo uma rede de sensores capaz de alertar os bombeiros sobre incêndios florestais antes que o fogo tenha tempo de se espalhar por grandes áreas, além de melhorar a previsão do tempo.
Para funcionar de forma segura e durante longos períodos, sem exigir manutenção ou troca de baterias, os sensores tirarão a energia necessária para seu funcionamento diretamente das árvores nas quais eles serão instalados.


Alerta contra incêndios e previsão do tempo
Os sensores também poderão servir para coletar informações sobre o tempo, ampliando a cobertura das atuais estações de dados climáticos. Os pesquisadores afirmam que a dispersão de pequenos sensores ao longo de grandes áreas será muito mais barata do que a construção de novas estações e permitirá previsões do tempo mais precisas.
O Dr. Shuguang Zhang, responsável pela pesquisa, afirma que a energia coletada das árvores será suficiente para permitir que o sensor transmita os dados coletados até quatro vezes por dia, em situações normais, ou imediatamente se for detectada a ocorrência de incêndio.
Redes de sensores
Cada sensor é equipado com uma bateria recarregável que terá sua carga reposta pela eletricidade capturada diretamente da árvore. Cada árvore não gera grande quantidade de energia, mas o aproveitamento contínuo da minúscula carga gerada será suficiente para manter a carga da bateria.
A transmissão utiliza uma conexão sem fios de baixa potência porque cada sensor só precisa transmitir seus dados para o sensor mais próximo, que se encarrega de transmiti-lo para o seguinte, e assim por diante, até que as informações cheguem à estação coletora.
Eletricidade gerada pelas árvores
Os pesquisadores descobriram que a eletricidade gerada pelas árvores vem de um desequilíbrio entre o pH da árvore e o pH do solo.
Segundo eles, o fenômeno é diferente das reações eletroquímicas de oxidação-redução (redox) que fazem funcionar as baterias de batata, muito vistas em feiras de ciências. Eles também descartaram a influência de redes subterrâneas de energia, ondas de rádio e outras fontes eletromagnéticas externas.

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