Se o cão já é considerado o melhor amigo das pessoas sem deficiências físicas, torna-se difícil definir a relação entre um cão-guia e uma pessoa cega. O animal treinado é capaz de alterar completamente a rotina do deficiente, permitindo o desempenho de tarefas impossíveis sem ele e melhorando muito a qualidade de vida do seu dono.
O problema é que um cão-guia para cegos é um luxo para poucos. Um animal treinado, geralmente importado, pode chegar a custar até US$40.000,00.
Cães-guia robóticos
A solução para esse problema, abrindo caminho para que mais cegos possam ter acesso a guias treinados, pode estar nos robôs - nos cães-guia robóticos. Esta é a proposta de pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos.
Mesmo não lembrando em nada um cão, o robô-guia é capaz de imitar 10 tarefas comumente feitas por um cão-guia, podendo inclusive ser acionado pela voz do seu dono.
Robô assistente
O robô assistente é dotado de um braço multifuncional, montado sobre uma torre, o que permite que o braço deslize para alcançar objetos em várias alturas. Isso o torna capaz, por exemplo, de apanhar um controle remoto caído no chão, girar a maçaneta de uma porta, abrir gavetas ou acionar os interruptores de luz.
"É um caminho para termos robôs por aí ajudando as pessoas brevemente," diz o pesquisador Charlie Kemp. "Cães de serviço têm uma longa história no auxílio das pessoas, mas há uma lista de espera de vários anos. É algo muito caro de se ter. Nós acreditamos que os robôs eventualmente irão nos ajudar a atender a essas necessidades."
Cães de serviço como inspiração par robôs
O próprio robô ainda tem deficiências, que precisarão ser sanadas em futuras versões. Por utilizar rodas, ele tem sua mobilidade muito limitada. E vários comandos exigem que o usuário aponte o objeto desejado com uma caneta a laser, o que torna essas funcionalidades inacessíveis às pessoas cegas, embora continuem sendo úteis para outros deficientes e para pessoas idosas.
Contudo, a inspiração em cães-guia para a construção de robôs assistentes parece ser promissora. "Eu acredito que nós seremos capazes de atingir as capacidades de um cão-guia muito antes de atingirmos as capacidades de um enfermeiro humano," diz Kemp.
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